Papa Francisco ofereceu terceira Rosa de Ouro ao Santuário

12 de maio, 2017

 

 

O Papa Francisco ofereceu hoje a terceira Rosa de Ouro ao Santuário de Fátima, num gesto à chegada à Capelinha das Aparições, primeira paragem da sua Peregrinação à Cova da Iria, para celebrar o Centenário das Aparições e canonizar os beatos Francisco e Jacinta Marto.

Ao entregar a Rosa de Ouro, rezando, tocou a imagem original de Nossa Senhora de Fátima, e manteve-se em oração, de pé, mais uns minutos.

No final, o mestre das cerimónias litúrgicas pontifícias, Monsenhor Guido Marini, colocou a estola no Papa, oferta do Santuário, para a bênção da assembleia. No final, já sem a estola, voltou a rezar em silêncio frente à imagem, tocou-a de novo, benzeu-se e retirou-se.

A caminho do Papamóvel, dirigiu-se a um grupo de crianças e jovens dos colégios católicos de Fátima, com quem esteve uns momentos, saudando-os com afeto.

No Papamóvel de novo, dirigiu-se para a Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde janta e descansa antes de regressar à Capelinha das Aparições pelas 21h30, para a bênção das velas e recitação do rosário.

A oferta da Rosa de Ouro foi feita logo depois da oração que o Papa vai rezou à sua chegada à Capelinha das Aparições, depois de momentos de oração em privado frente à imagem da Virgem Maria.

A Rosa de Ouro é uma distinção que os Papas atribuem a personalidades ou santuários, igrejas ou cidades, em reconhecimento e recompensa por assinalados serviços prestados à Igreja ou a bem da sociedade.

A tradição desta distinção está documentada desde o pontificado de Leão IX (1049-1054) mas acredita-se remontar aos finais do século VI ou princípios do século VII. A bênção das Rosas de Ouro decorre, habitualmente, no Domingo da Alegria, no final da Quaresma.

Esta é a segunda vez que um Papa faz a entrega, pessoalmente, em território português desta distinção. Este gesto já tinha sido feito por Bento XVI, a 12 de maio de 2010.

A primeira Rosa de Ouro oferecida ao Santuário de Fátima foi concedida pelo Papa Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, no fim da terceira sessão do Concílio Vaticano II, tendo sido benzida pelo Sumo Pontífice em 28 de março de 1965.

A entrega ao Santuário foi feita a 13 de maio de 1965 pelo cardeal Fernando Cento, legado do Papa.

Na cerimónia de bênção, Paulo VI recordou a simbologia das Rosas de Ouro, que, no seu «significado místico, representam a alegria da dupla Jerusalém – Igreja Triunfante e Igreja Militante – e a belíssima Flor de Jericó – a Virgem Imaculada – que é também a vossa Padroeira e é a alegria e a coroa de todos os Santos».

«[A Rosa de Ouro] é o testemunho do Nosso paternal afeto que mantemos pela nobre Nação Portuguesa; é penhor da Nossa devoção que temos ao insigne Santuário, onde foi levantado à Mãe de Deus um Seu altar», sublinhou na altura Paulo VI.

O Papa acrescentou que a rosa é o símbolo da penitência, recordando a mensagem de Nossa Senhora aos Pastorinhos, nas Aparições de maio a outubro de 1917: «Vindo a Virgem a Fátima para recordar ao mundo a mensagem evangélica da penitência e da oração, então por ele tão esquecida, deveis ser vós, amados filhos, a dar o exemplo no cumprimento desta mensagem».

Em 12 de maio de 2010, em peregrinação a Fátima, o Papa Bento XVI entregou a segunda Rosa de Ouro ao Santuário, no que foi a primeira vez que um Papa teve este gesto, pessoalmente, em território português.

Ajoelhado diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Capelinha das Aparições, o agora Papa emérito, em oração à Virgem, entregou a Rosa de Ouro «como homenagem de gratidão» pelas maravilhas que, por Ela, Deus tem realizado no coração dos peregrinos.

«Estou certo que os Pastorinhos de Fátima, os Beatos Francisco e Jacinta e a Serva de Deus Lúcia de Jesus nos acompanham nesta hora de prece e de júbilo», acrescentou.

O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, também recebeu, em 8 de dezembro de 2004, uma Rosa de Ouro, atribuída pelo Papa João Paulo II, por ocasião do centenário da coroação da imagem de Nossa Senhora, e entregue pelo cardeal Eugénio Sales, legado do Papa.


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