APARIÇÕES

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As Aparições de Fátima, cujo centenário se celebra este ano, estão divididas em dois ciclos: o angélico e o mariano.

O ciclo angélico, assim chamado por se referir a três aparições do Anjo de Portugal, na primavera, no verão e no outono de 1916, é considerado como que uma preparação, um itinerário pedagógico para os encontros com Nossa Senhora, no ano seguinte.

Nelas, o Anjo de Portugal, como se identificou na segunda aparição, pediu aos Três Pastorinhos orações e sacrifícios, temas constantes em todas as aparições.

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O ciclo mariano é constituído por seis aparições de Nossa Senhora, em 1917.

 

Primeira aparição

Na primeira aparição, a 13 de maio de 1917, Nossa Senhora pede a Lúcia, Jacinta e Francisco que se desloquem àquele local, a Cova da Iria, todos os dias 13, por seis meses seguidos, à mesma hora.

Pede, também, que rezem o Terço todos os dias, para que a guerra (Primeira Guerra Mundial 1914-1918) acabe e o mundo conheça a paz.

 

Segunda aparição

Um mês depois, já acompanhados por cerca de meia centena de pessoas, os três Pastorinhos recebem de novo o pedido para rezarem o Terço e para que aprendam a ler e a escrever.

Ao mesmo tempo, ficam a saber que Francisco e Jacinta vão ter uma vida curta e que a Lúcia está destinada a missão dar a conhecer Nossa Senhora ao mundo e de estabelecer a devoção ao seu Imaculado Coração.

 

Terceira aparição

Na terceira aparição, a 13 de julho, com um número impreciso de pessoas presentes (entre 2.000 e 3.000 ou 4.000 e 5.000), a Senhora reafirma o pedido de recitação diária do Terço, «em honra de Nossa Senhora do Rosário», para obter o fim da guerra e a paz no mundo e promete que em outubro fará um milagre e dirá quem é.

É nesta aparição que Lúcia, Jacinta e Francisco têm uma visão do inferno e Nossa Senhora anuncia que a guerra vai acabar, mas que se iniciará um novo conflito, ainda pior, no pontificado de Pio XI (1857-1939), se a humanidade não deixar de ofender a Deus.

Para evitar essa guerra, Nossa Senhora diz às três crianças que virá a Fátima pedir a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, bem como a comunhão reparadora nos primeiros sábados, prometendo a conversão da Rússia.

Recorde-se que em fevereiro de 1917 se iniciara a revolução russa, com o derrube da monarquia do czar Nicolau II, seguindo-se, em outubro, a tomada do poder pelos bolcheviques, instaurando o regime comunista e um radical programa antiteísta.

No dia 13 de agosto, juntam-se, na Cova da Iria, milhares de pessoas (cerca de 15.000 a 18.000 pessoas, embora alguns documentos refiram apenas cerca de 5.000).

Os Pastorinhos não apareceram, por nesse dia terem sido levados para Ourém, onde seriam interrogados e onde permaneceram até ao dia 15.

 

Quarta aparição

Em 19 de agosto, regressados já os Pastorinhos às suas casas, tem lugar a quarta aparição da Senhora, agora nos Valinhos e apenas na presença das três crianças. Esta aparição é marcada pelo pedido de oração pelos pecadores e pela primeira indicação sobre uma capela a erigir com parte dos donativos deixados na Cova da Iria.

 

Quinta aparição

Na quinta aparição, de novo na Cova da Iria, a 13 de setembro, além de reforçar o pedido de oração do Terço, Nossa Senhora anuncia que em outubro virão Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo e S. José com o Menino Jesus, para abençoarem o Mundo.

 

Sexta aparição

Uma multidão, calculada entre 50.000 e 70.000 pessoas, acompanha os três Pastorinhos a 13 de outubro, dia em que a Virgem se dá a conhecer como «a Senhora do Rosário» e anuncia para breve o fim da guerra (1914-1918).

No final, quando se elevava no céu, relata Lúcia, cumpre-se a promessa feita no mês anterior: ao lado do sol, surgem S. José com o Menino Jesus, a abençoar o mundo, e Nossa Senhora, vestida de branco e com um manto azul. Desvanecida esta aparição, surgem Nosso Senhor, novamente com um gesto de bênção, e Nossa Senhora das Dores e, depois, Nossa Senhora do Carmo.

Outra promessa cumprida foi a da realização de um milagre, que ficou conhecido por Milagre do Sol, presenciado pelos milhares de pessoas que acorreram ao local.

Nesse dia, depois de uma chuva torrencial, o sol irrompeu no firmamento, girando no céu, em movimentos de ziguezague, com luzes multicolores. Os relatos da época referem várias curas milagrosas entre os presentes.

Nesta última aparição aos três videntes, Nossa Senhora manifesta o desejo de que seja construída naquele lugar uma capela em sua honra.

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